A Villa Souza é a minha representante do único estilo não clássico que eu aprecio: o Modernista inicial, que aqui em Londrina se desenvolveu entre o final da década de 1950 e o início da de 1960. Neste projeto, abusei das janelas e portas grandes, formatos ameboides, revestimentos com pedras diversificadas e pastilhas, além dos charmosos cobogós. Para completar a aparência típica daquela época, utilizei janelas de enrolar, presentes em quase todas as residências do referido estilo. Como pano de fundo, há uma sutil inspiração clássica que se revela pelo alinhamento das aberturas inferiores e superiores e pelas marcações da divisão dos pavimentos e do coroamento. As platibandas em formato borboleta também são marcas do estilo e, na fachada frontal, resolvi fazer uma bem-humorada citação ao frontão clássico, através da inversão de seu desenho tradicional e da sustentação com pilares em “V”, outra marca do estilo. O nome desta mansão é uma homenagem ao matemático brasileiro do século XIX conhecido como Souzinha, que não logrou em vida o merecido reconhecimento. É uma mansão exótica, porém bastante imponente e graciosa.